segunda-feira, 23 de junho de 2014

PRAGA II Durante a minha juventude sempre me questionei sobre os motivos que levariam os atletas e artistas do leste a fugir durante provas e campeonatos, realizados em países ocidentais. Intrigante também o facto das fugas através do muro de Berlim serem sempre de leste para oeste e nunca o contrário, muitas vezes com o sacrifício da própria vida. Só me resta concluir que o paraíso da " sociedade sem classes" agrada a minorias e não ao POVO em geral. Nem é preciso perguntar aos checos o que acham dessa época, há na cidade suficientes memoriais a assinalar esse tempo de má memória: O museu do Comunismo e o muro Lennon são dois exemplos. Situado no centro da cidade, por cima do Mc,Donalds, o museu do Comunismo traça um panorama das décadas em que os russos comandaram a Checoslováquia com mão de ferro, uma época que passou á história e de que poucos sentem saudades.
O Muro Lennon. No dia 8 de Dezembro de 1980, quando John Lennon foi assassinado, um grupo de jovens checos decidiu homenagear o ex-Beatle, escrevendo poemas do músico e graffitis numa parede que delimitava o terreno de uma igreja, perto da Ponte Carlos. Nessa época a música ocidental era proibida na Checoslováquia e este tipo de acções eram puníveis com prisão. O muro foi muitas vezes pintado de branco e apesar de serem instaladas câmaras de vigilância os jovens continuaram a decorá-lo com palavras de ordem e desenhos. Actualmente o muro continua coberto de graffitis.

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